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Aventais e campos estéreis têm sido usados, há mais de um século, para diminuir o risco de transmissão de doenças para pacientes e profissionais de saúde e manter a esterilidade durante um procedimento invasivo. Entre as características ideais destes artigos temos: relação custo/benefício favorável, impacto ambiental e efetividade como barreira. Este artigo de revisão, aqui resumido, compara os diferentes tipos de tecido e discute as principais indicações de aventais e campos cirúrgicos.
Aventais são empregados como parte do equipamento de proteção individual (EPI), para minimizar a passagem de microrganismos para os pacientes cirúrgicos e também a exposição dos profissionais de saúde aos agentes infecciosos, particularmente os transmitidos pelo sangue (HIV, hepatites B e C). O risco de aquisição destes agentes é através do contato de lesões cutâneas ou membranas mucosas com fluídos corpóreos contaminados. O avental é considerado um EPI, juntamente com óculos, máscara e luvas. O seu emprego depende do grau de exposição previsto durante a realização do procedimento invasivo, avaliando-se a condição da exposição (contato com face, mãos ou corpo), tipo da exposição (presença de fluídos, gotículas ou aerossóis), quantidade de sangue ou fluído corpóreo e duração da exposição. São também utilizados para prevenir a transmissão cruzada de microrganismos.
Campos estéreis são usados durante procedimentos invasivos para impedir ou minimizar a passagem de microrganismos de áreas contaminadas para estéreis, reduzindo o risco de infecção hospitalar. O CDC estima acimade 19 mil óbitos anuais diretamente causados por infecção hospitalar nos EUA, dos quais mais de três mil estão relacionados à infecção do sítio cirúrgico. A utilização de campos estéreis é uma estratégia importante para minimizar este risco. Além das cirurgias, os campos estéreis são utilizados em outros procedimentos invasivos, tais como: cateterização cardíaca, punção lombar, inserção de cateteres venosos e urinários.
Existem várias características ideais dos tecidos utilizados na fabricação de campos e aventais, que podem ser avaliadas por testes específicos. Este foi o primeiro artigo que resumiu as características ideais de um avental ou campo estéril:
Do século 19 até a década de 70, tecidos de algodão e musselina têm sido empregados, utilizando principalmente três tipos de tecidos:
Nos anos 80, novos tecidos de poliéster de múltiplos usos foram sendo desenvolvidos, aumentando sua consistência como barreira e durabilidade, reduzindo a inflamabilidade e a geração de fiapos.
Os campos e aventais de uso único são geralmente fabricados por tecidos-não- tecidos, às vezes associados a outros materiais (filmes plásticos) ou tratamentos químicos para oferecer uma maior resistência à penetração de líquidos. Os tecidos-não-tecidos são derivados de várias substâncias naturais (polpa da madeira, algodão) ou sintéticas (poliéster). Campos cirúrgicos associados com filmes plásticos foram desenvolvidos para aumentar a resistência à penetração de líquidos e são recomendados para cirurgias onde é prevista perda sangüínea acima de 100ml, duração acima de 2 horas, ou envolvendo a região abdominal.
O uso de campos e aventais cirúrgicos altamente resistentes faz parte das medidas preconizadas para prevenção da infecção cirúrgica. O guia elaborado pelo CDC afirma que "o uso de aventais e campos cirúrgicos estéreis é uma barreira efetiva quando secos (isto é, materiais que resistem à penetração de líquidos)". Vários estudos procuraram comparar a eficácia para prevenção de infecção cirúrgica dos tecidos reutilizáveis e os descartáveis, chegando a resultados conflitantes, ora favoráveis aos descartáveis e ora sem diferença significativa.
Os aventais são recomendados pelo CDC e "devem ser usados pela equipe de saúde durante os cuidados a pacientes com microrganismos epidemiologicamente importantes, para reduzir o risco de transmissão desses agentes para pacientes, artigos ou ambiente". Ainda segundo o guia do CDC, o avental deve ser limpo, mas não necessariamente estéril e deve ser usado toda vez que se entrar quarto do paciente e for previsto contato substancial das roupas do profissional com o paciente, superfícies ambientais ou itens contaminados. É particularmente recomendado seu uso se o paciente está incontinente, com diarréia, ileostomia, colostomia, ou com ferida drenante não contida por curativos. Também está indicado nas seguintes doenças infecciosas: abscesso drenante; infecção por adenovírus na criança; varicella-zoster; rubéola congênita; difteria cutânea; certas febres hemorrágicas virais; colite por Clostridium difficile; germes multi-resistentes; pediculose e outras ectoparasitoses; vírus respiratório sincicial em crianças ou em adultos imunocomprometidos; grandes feridas infectadas por estafilococo ou estreptococo. Por outro lado, não foi comprovado benefício de seu emprego ao se entrar em berçários normais e mesmo em UTI neonatal e pediátrica, embora nestas últimas tenha sido relatado aumento de casos de enterocolite necrotizante e de infecção hospitalar, mas este achados sofrem contestações pois não houve diferença significativa na colonização, mortalidade e taxa de infecção.
Múltiplos testes laboratoriais foram desenvolvidos para medir a efetividade da barreira propiciada por campos e aventais. Eles podem ser divididos em avaliação das características dos tecidos (composição, espessura, permeabilidade ao ar, penetração do vapor), propriedades impermeabilizantes (grande variedade de líquidos, incluindo água e sangue), penetração de microrganismos (em aerossóis ou em soluções). A penetração do HIV pode ocorrer mesmo na ausência de suturas visíveis.
No contato dos tecidos com certas áreas do corpo humano (tórax, antebraço e abdome) ele fica sujeito a maior pressão e estresse da fibra, resultando em aumento da permeabilidade. A passagem de líquidos depende da pressão exercida, tempo de contato e tipo de tecido. Estudos revelaram as seguintes taxas de permeabilidade: aventais reutilizáveis 90%; aventais de uso único com camada única 11%; aventais descartáveis reforçados 3%. As áreas mais vulneráveis foram: manga; antebraço; coxa; pescoço e abdome. Outro estudo comparou a permeabilidade ao sangue em procedimentos obstétricos chegando aos seguintes valores: avental de não tecido de camada única 55,8%; avental reforçado com tecido de alta resistência no tórax e antebraço 21,1%; avental com tecido impermeável no antebraço e costura por selagem térmica 16,7%.
Características do tecido como consistência, repelência e tamanho dos poros contribuem para a barreira. Aventais laminados ou tratados com polipropileno propiciam a melhor proteção contra a penetração de sangue ou de microrganismos. Aventais de tecido não tecido vêm a seguir e os piores resultados são alcançados pelos aventais reutilizáveis. O efeito cumulativo dos sucessivos reprocessamentos na lavanderia afetam a eficácia de barreira dos tecidos da algodão, embora estes resultados tenham sido contestados em outro estudo.
Após esta ampla revisão, os autores concluem que: "um clara superioridade dos campos e aventais de uso único sobre os descartáveis ainda não foi definitivamente comprovada na capacidade de prevenir infecções, um menor impacto ambiental e trazer vantagens econômicas".
Fonte: Rutala WA, Weber DJ. A review of single-use and reusable gowns and drapes in health care. Infect Control Hosp Epidemiol, 2.001. 22(4): 248-257.
Resumido por: Antonio Tadeu Fernandes.
Os tecidos utilizados na confecção de roupas hospitalares são padronizados pela ABNT através de normas elaboradas por profissionais (geralmente enfermeiras), que têm vivência nos vários procedimentos hospitalares. São eles:
Além destes tecidos, também é usado o grafil para confecção das roupas dos funcionários (uniformes) sendo a padronização de cor a critério do hospital.
As características que os tecidos devem obedecer para serem utilizados na confecção deste tipo de roupa, estão descritas nas normas da ABNT, entre elas:
As fibras descartáveis utilizadas para confecção de roupas hospitalares são polipropileno (mais utilizada) e também hoje estão utilizando uma fibra composta por poliéster (45%) e celulose (55%) -
Aspectos gerais: No Brasil, ainda é muito pouco difundida a idéia do uso de roupas descartáveis, devido à imagem que esta passa ao administrador do hospital de ser uma roupa cara e de uso único. Porém, uma pesquisa feita por uma empresa do ramo, mostrou que os custos para o hospital quando se utiliza roupa descatável, é de apenas 0.06% a mais de acréscimo nas despesas de um hospital geral (quando se trata de centro cirúrgico) e de 0,013%(quando se trata de centro obstétrico). Este acréscimo quando comparado com o benefício que uma roupa descartável pode trazer tanto para o paciente quanto para o médico (diminuindo o risco de infecções e até o tempo de internação) é mínimo, portanto este mercado é promissor; porém o primeiro passo a ser feito é mostrar os benefícios das roupas descartáveis a um hospital e fazer com que este "tabu" imposto pelos administradores seja visto como tecnologia e segurança, e não como prejuízo para o hospital. Pelo exposto, percebe-se que os custos fixos iniciais de produção são altos devido à necessidade de máquinas de costura industrial, área física grande, funcionários treinados e capacitados, além de profissionais da área de saúde (enfermeiras) para controlar e garantir uma boa produção, além de uma boa pesquisa de mercado principalmente nos hospitais.
CECAE-COORDENADORIA EXECUTIVA DA COOPERAÇÃO UNIVERSITÁRIA E DE ATIVIDADES ESPECIAIS
Passadoria
- Só roupas limpas devem ser passadas, pois o calor fixa a mancha ou a sujeira.
Tinta de caneta
- Deixe de molho em leite natural.
Sangue em tecidos
- Cubra a mancha com uma pasta de maisena e água fria, esfregue ligeiramente, deixe secar e lave.
Perfume
- Coloque a mancha sobre um material absorvente branco e limpo, esfregue com algodão embebido em álcool, deixe secar e lave.
Suor
- Coloque a peça de molho em água morna e vinagre.
Batom
- Passe vaselina sobre a mancha e depois lave com água morna e sabão.
Gordura
- Coloque talco, deixe um tempo e escove.
Café
- Passe rapidamente sobre o local uma pedra de gelo, depois seque com uma toalha e em seguida lave a roupa normalmente.
Ferro muito quente
- Passe um algodão embebido em água oxigenada e esfregue no lugar até sair.
Ferrugem em roupas brancas
- Aplique suco de limão e sal, depois coloque a peça ao sol por alguns minutos.
Vinho tinto
- Ferva em leite, deixe de molho até a mancha desaparecer e depois lave.
Mancha marrom do ferro de passar
- Limpe com uma solução de vinagre e sal aquecida.
CLASSE (FDEST-2091) | ISO 14644-1 |
---|---|
1 | ISO Classe 3 - Aero Espacial (Nasa) |
10 | ISO Classe 4 |
100 | ISO Classe 5 |
1000 | ISO Classe 6 |
10000 | ISO Classe 7 |
100000 | ISO Classe 8 |
Passadoria
- Só roupas limpas devem ser passadas, pois o calor fixa a mancha ou a sujeira.
Tinta de caneta
- Deixe de molho em leite natural.
Sangue em tecidos
- Cubra a mancha com uma pasta de maisena e água fria, esfregue ligeiramente, deixe secar e lave.
Perfume
- Coloque a mancha sobre um material absorvente branco e limpo, esfregue com algodão embebido em álcool, deixe secar e lave.
Suor
- Coloque a peça de molho em água morna e vinagre.
Batom
- Passe vaselina sobre a mancha e depois lave com água morna e sabão.
Gordura
- Coloque talco, deixe um tempo e escove.
Café
- Passe rapidamente sobre o local uma pedra de gelo, depois seque com uma toalha e em seguida lave a roupa normalmente.
Ferro muito quente
- Passe um algodão embebido em água oxigenada e esfregue no lugar até sair.
Ferrugem em roupas brancas
- Aplique suco de limão e sal, depois coloque a peça ao sol por alguns minutos.
Vinho tinto
- Ferva em leite, deixe de molho até a mancha desaparecer e depois lave.
Mancha marrom do ferro de passar
- Limpe com uma solução de vinagre e sal aquecida.
Peróxido de Hidrogênio: atua eficazmente na desinfecção, por ação termo-química, destruindo microorganismos das roupas. Eficiente também na remoção de manchas sensíveis a oxidação em substituição aos alvejantes clorados, em lavanderias hospitalares. Ideal para tecidos que entram em contato com produtos à base de clorexidina, evitando manchas. Não desbota os tecidos e não provoca desgaste das fibras do tecido. A desinfecção é termo-química e o processo é realizado a quente.
Hipoclorito de Sódio: amplamente utilizado como germicida, mas de alta toxidade ao meio ambiente e bastante instável. É potente na destruição de vários agentes patógenos, mas apresenta desvantagens relacionadas a desgaste do tecido e a reação com medicamentos provocando marcas nos tecidos.
Desinfecção de Roupas com Peracético
O Peracético é um eficaz agente oxidante e desinfetante para higienização de roupas hospitalares, abrangente para a maioria dos microorganismos – bactérias, fungos e vírus, mesmo em baixas concentrações. Devido a sua estabilidade, e associado ao peróxido de hidrogênio, é considerado de alto nível, inclusive superior ao hipoclorito de sódio, cloro orgânico e quaternário de amônio.
De ação rápida, sua aplicação no processo de lavagem é eficiente a partir de 10 minutos em temperatura ambiente. Características: não é afetado por fatores ambientais, por exemplo luz e calor; não poluente; estável em concentração original ou diluído; desinfeta, desodoriza e branqueia; a desinfecção é química, o processo é realizado à frio e com reduzido consumo de água limpa.
As explicações são de Joaquim De La Veja, gerente Com Tec da Divisão Laundry Becker (Reg N/NE). “Obtivemos um aumento de produtividade em lavanderias hospitalares, criando processo pesado rápida de 35 minutos, com Becker Peracetic LTQ, que é estável e de excelente performance para roupas brancas e coloridas, atuando sobre 99.99% dos microorganismos, aprovado pela vigilância sanitária e MS. Com Becker Peracetic LTQ podemos obter roupas de qualidade (limpas e desinfetadas), duráveis, com boa aparência e processadas a um reduzido custo de lavagem”.
Roupas técnicas e EPI